
Foto: Hypeness
Olá amigos, hoje trago um tema que lembrei estes dias. As experiências no Dominna foram marcantes e o universo BDSM fui aprendendo aos poucos, subindo cada degrau.
Vi uma cena em uma das apresentações no Dungeon de uma escarificação, mais específico um cutting (calma, já explico as diferenças entre um e outro). O foco que a cena me deixou tão impressionado ( no sentido bom da palavra) que ao visitar o Museu Afro Brasil no Parque do Ibirapuera nos idos de 2007/2008 vi uma exposição fotográfica parecida com as fotos que inicio este post de Escarificação Africana.
Rapidamente, a escarificação das tribos africanas fazem parte de rituais e a exibição dos mesmos representam sinal de força, beleza, passagem para a idade adulta, dentre outros.
*Escarificação são cortes na pele seguindo um padrão de desenho criando uma espécie de "tatuagem permanente".
**Já o cutting provoca marcas superficiais, porém com o tempo e a cicatrização desaparecem do corpo. [* fonte: http://www.miadosbdsm.com/2014/09/sobre-cutting-e-escarificacao.html?zx=75bf5d5790b3143e ]
Ao momento que vi as fotos imediatamente fiz um link entre a prática assistida tempos antes e conclui: AMBOS PROCESSOS VIERAM DE UM RITUAL.
No Dominna, o ritual de dominação entre a Domme e o Slave onde ela com toda instrumentação cirúrgica ( luva, agulha esterilizada, álcool, gaze ) para fazer a marca do "A" na nuca do mesmo onde estava ajoelhado em uma espécie de maca baixa. A resistência a dor era brindada por beijos e carícias no sexo, porém sem gozar com a permissão da Senhora. Era uma cena intensa, ele se contorcia, porém havia um prazer e cumplicidade impossíveis de descrever. *PS: não gosto de nada que envolva dor, mas ver e observar me fez aprender muito sobre resistência ( no caso das cócegas) e o psicológico, onde o prazer naquele momento sobrepôs a dor do Slave, e mesmo havendo dor havia muito mais prazer ali.
Muito do BDSM podemos perceber que existe "ARTE": ritualística, modelos, vestimentas, literatura, comportamento...
E cada dia aprendo coisas novas e esse "mundinho do fetiche" tem muita cultura e arte a oferecer. Os espartilhos remetendo a Era Vitoriana, os contos do Marquês de Sade e Leopold von Sacher-Masoch ( de onde vem o termo "Masoquismo"), é um mundo "belo e feio ao mesmo tempo". Para uns, provoca medo. Para outros, provoca tesão. Por Ross Tickling
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